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Chapada Diamantina – Chapada em desencanto

Buracão

Lençóis

Após a Fumaça quase todo o pessoal do passeio foi embora, só a Danny ficou e combinamos de ir no Buracão (sem piadinhas por favor!) pois tínhamos que conhecer.

Ela acabou mudando da pousada onde estava com a Ana, para o mesmo hostel que o meu, nesse dia decidimos ficar em Lençóis mesmo e fomos no Ribeirão de baixo, um lugar tranquilo só para nadar.

Na volta nós fomos até um café onde ela tinha encomendado um café gourmet da região. O dono, Túlio, é mais um dos caras que visitavam a região e decidiu morar lá. Pra isso largou o emprego na Petrobrás e investiu tudo o que tinha, junto com a esposa, nesse café.

Ele é barista e encontrou produtores de muita qualidade na região. Esse cara é tão divertido que fomos lá só para pegar o café e ficamos umas duas horas e meia no lugar. Enquanto tomava um café, apareceu o Dimitri, o italiano.

Pois vou retornar a história dele. No dia que cheguei a Lençóis e estava perdido, ele me levou de carro até o hostel e no caminho me disse que seu tio já morava na chapada, ele veio até aqui, se apaixonou pelo lugar, voltou a Itália, levantou tudo o que tinha e foi morar na chapada.

Investiu em um negócio que não deu certo e a partir daí foi fazendo alguns trabalhos pela cidade. O problema era o visto, tinha que sempre renovar e estava com medo de mandarem de volta pra Itália, até que conheceu uma brasileira, que já estava grávida, adotou a criança como sua e conseguiu o visto permanente.

Até hoje está com ela e cria a criança. O mais engraçado é que em determinado momento da conversa, que foi prum lado de contestar a sociedade, ele me vira e pergunta se já ouvi falar no livro Universo em desencanto.

Surpreso, falei que conhecia da história do Tim Maia. Aí ele falou que não era nada daquilo e que o livro realmente explica tudo, todos os problemas da sociedade e como resolvê-los. Sei lá, mas acho que esse italiano passou muito tempo no Vale do Capão com os malucos de lá.

Cachoeira do Buracão

No dia seguinte eu e a Danny fomos ao Buracão, lugar fantástico, com uma energia incrível.

Após chegar ao lugar temos uma trilha bem fácil até chegar a um cânion, para chegar até a cachoeira do buracão é preciso ir nadando pelo cânion até o poço formado pela cachoeira, de lá se tem uma visão incrível de um buracão com 85 metros de altura, cercado de pedras. Sensacional!

Entrada do cânion no Buracão
Visão de filme de Indiana Jones na entrada do cânion

 

Cachoeira do Buracão
Força da natureza!
Cachoeira do Buracão
Buracão!

Ribeirão do Meio

No dia seguinte acabei passando o dia sozinho e decidi ir até o Ribeirão do meio, em Lençóis mesmo.

Lá a atração é um tobogã natural formado por pedras onde desce o rio. O divertido desse tobogã é que ele não é totalmente plano, você escorrega pelas pedras mas tem saliências que torna a descida instável e todo mundo desce com cara de quem está com o cú na mão. Engraçado.

Nesse dia ainda apareceram uns baianos loucos, que faziam um trenzinho pra descer o tobogã com umas 10 pessoas, parecia um playcenter arretado.

Ribeirão do meio
O quebra bunda!

No hostel já tinha conhecido a Amanda de Recife e a Elaine de Minas, mas não batiam os passeios delas com os meus, nessa noite calhou da gente se encontrar, fomos a um dos 2 únicos barzinhos que existe em Lençóis e combinamos de ir no Ribeirão do Meio no dia seguinte.

Nessa noite conheci a baiana Lili, muito bonita e divertida, estava no hostel mas não tinha encontrado ela nenhuma vez, infelizmente ela ia embora no outro dia de manhã. Mas peguei o contato dela pra gente ir conversando.

Ribeirão do meio

Locais descem o tobogã em pé

Morro do Pai Inácio
Chapada!

Passamos a tarde no Ribeirão do Meio, contamos nossas vidas um para o outro e aqui eu vi que por mais legal que seja um lugar, o ser humano e suas histórias sempre serão uma das coisas memoráveis nas viagens. Valeu Chapada, aqui realmente é um lugar mágico! Um dia eu volto. Até mais!

Próxima parada: Península de Maraú