
Pipa – Golfinhos canalhas!
Pipa
Pra chegar na praia da Pipa, no Rio Grande do Norte tive que apelar. Perdi o ônibus que saía as 9 horas e o próximo era somente a uma da tarde.
Pipa é próxima de João Pessoa, as agências de lá até fazem passeios para Pipa, pois está a somente umas 2 horas de lá.
Em frente a rodoviária de João Pessoa ficam uns caras oferecendo transporte de van, principalmente para Natal. Falei com um deles e ele me deixaria em Goianinha, onde tem uma van que levaria para Pipa.
Quando cheguei na van, vi que de van não tinha nada, viajei mesmo foi num Astra, todo esprimido na parte de trás, sorte que foi só 1 hora e meia nisso. Desci em Goianinha, peguei a van e cheguei em Pipa.
Pipa merece a fama que tem, uma vilinha charmosa, com ótimo astral, belíssimas praias e sempre tem algo para fazer a noite.
Pipa é lotada de gringos, e quando isso acontece é sinal que você está num lugar especial. Parece que eles não perdem a mania de usufruir mais do Brasil que os próprios brasileiros.
Mas isso é culpa dos próprios brasileiros que arrumam um monte de desculpa ao invés de conhecer o próprio país.
Os gringos viajam sozinhos, com pouco dinheiro, trabalham em troca de hospedagem, sofrem com a comunicação (no Brasil nem as agências de turismo tem pessoas que falam inglês), são mais visados pra assaltos, mas mesmo assim viajam.
Quem quer viajar, viaja, o resto é desculpa.


Praia do Amor, Baía dos Golfinhos
No primeiro dia fui caminhar pelas praias. As praias de Pipa são lindas com falésias e pedras e o melhor, uma do lado da outra.
Na maré baixa dá pra ir da praia do Amor, onde eu estava até Madeiros caminhando. Eu fui até a Baía dos Golfinhos, dizem que dá pra vê-los até da praia mas eu não vi nenhum.
Golfinhos filhos da puta que nunca aparecem pra mim.


Era domingo e era noite de forró! Ao entrar no lugar tive uma sensação de dejávu. O lugar estava vazio e fiquei apreensivo esperando que a qualquer momento as véias da CVC lá de Aracaju aparecessem, mas isso não aconteceu.
Não demorou muito e o lugar encheu, forrozinho bacana, mas vou confessar que não dancei com ninguém. Todo mundo dançava muito, e eu só sei aquele básico sem vergonha e não quis passar vexame. Ok, eu sou um covarde podem me crucificar.
No dia seguinte uma coincidência, que muitos dizem não ser coincidência e sim a energia de Pipa.
Tô saindo do hostel e dou de cara com o Lucas, que conheci em João Pessoa, e a mina que estava com ele. Eles estavam de passagem e ficariam só até umas 2 da tarde.
Fiquei com eles na barraca da biblioteca da praia, um lugar de uns hippies que disponibilizam livros pra quem quiser ler na praia. Os gringos ficam lendo e torrando no sol, nós brasileiros vamos pela salada de frutas e fumar maconha.

Depois fui até a baía dos golfinhos de novo, e apesar de ser uma ótima praia para banho, nada de golfinho de novo, o que eles tem contra mim? Um monte de gente falou que viu os golfinhos, só eu que não, bando de canalhas! A noite só saí pra jantar pois ia acordar cedo pra ir pra Natal.
Como minha viagem tá ficando comprida demais, resolvi que ficaria apenas uma noite em Natal e partiria direto pra Jericoacoara, pulando Canoa Quebrada, que pretendia ir mas depois de tanta falésia na Paraíba e em Pipa, decidi pular e Fortaleza todo mundo com quem conversei me recomendou pular também e foi o que eu fiz.
Natal
Em Natal acertei as coisas no hostel e fui a praia de Ponta Negra que era próxima, uma praia urbana bonita. No dia seguinte fui até a rodoviária comprar minha passagem pra Fortaleza, caminho obrigatório para Jericoacoara.
Aliás Natal foi uma das capitais nordestinas que mais gostei, bonita, organizada, com praia e mulheres muito bonitas. Um dia eu volto pra passar mais de uma noite. E também volto pra Pipa, tentar ver aqueles golfinhos escrotos.


Próxima parada: Jericoacoara

