Madrid – Tapa na Chueca!
Euuu… fui as touradas em Madrid, pararatimbum-bum-bum, pararatimbum-bum-bum…
Não, eu não fui as touradas em Madrid. Primeiro que acho sacanagem com o boi e segundo que minha mãe sempre me disse que não se deve brincar com a comida.
Porta do Sol, Plaza Mayor, Palácio Real
Madrid a capital da Espanha! Depois de catar um busão noturno em Lisboa, cheguei em Madrid sem dormir e fui fazer aquele tour básico pelo centro.
É estátua aqui, é palácio acolá, é jardim e em todos tão lá os reis no meio. Isso foi uma coisa que me incomodou em Madrid.
A quantidade enorme de estátuas homenageando a realeza. Parece que a realeza espanhola tem um complexo de inferioridade e precisa reafirmar suas conquistas a cada 500 metros.
Para tirar o bode da realeza, fui de tapas. Não, não arrumei briga pela minha boca suja com algumas velhinhas espanholas.
Tapa é como o nosso petisco. Em Madrid é muito comum, principalmente no happy hour, o pessoal se sentar num bar, toma uma cervejinha e come tapas.
Que pode ser de qualquer coisa, não tem uma regra. Breja e um pestisquinho, ótima combinação.
Mas apesar da realeza espanhola e suas estátuas Madrid é uma bela cidade. Lindos prédios, monumentos e uma ótima comida.
Chueca
Em Lisboa conheci o brasileiro Estevam e lá combinamos de nos encontrar em Madrid. De Lisboa ele ia passar em Lagos, Portugal, e depois viria pra Madrid.
Nada como uma companhia bacana para tomar uma cerveja. O caso é que ele, um viadão como ele gosta de dizer, quando deu um rolê no bairro onde estávamos hospedados, confirmou com muita certeza uma coisa que eu já tava desconfiando.
Fiquei hospedado no bairro gay de Madrid, Chueca!
Para mim é um grande problema. Não por ser um bairro gay, mas porque não gosto de causar ciúme na bicharada.
O fato é que nas ruas o clima era de shopping Gay Caneca ou Frei Boneca, como preferirem (os paulistanos entenderão).
É lógico que o Estevam ficou todo animado e na hora me falou que eu ia ter que ir na balada gay com ele.
Se é louco? Vou não! Se um gay chega em mim, o que que eu vou fazer? (pior que nem os gays tão me dando mole…quer dizer…tão me dando entradas…Não! Ah, parece impossível escrever sobre gay e não acabar em duplo sentido).
O fato é que a noite eu fui no bar gay. Bar gay, porque balada eu tenho medo!
Ok, ok, eu já fui antes numa balada gay em São Paulo, era balada gay mas tinha mulher hétero. Esse bar era roots! Só tinha gay mesmo, não tinha essa palhaçada de hétero no bar não.
E o caso é que quanto mais o bar enchia, mais eu grudava na parede. Quando lotou minha bunda tava tão grudada na parede que para sair dali eu ia ter que usar uma espátula.
O Estevam vendo minha situação fingiu que não tava gostando do bar e falou para irmos embora. Valeu Estevam, te devo uma! Te devo uma ajuda…assim como modo de dizer, não que eu devo uma outra coisa…tá vendo como é impossível escrever sobre gay e não acabar em duplo sentido?
Museu do Prado, Biblioteca Nacional, Catedral de Santa Maria, Palácio de Las Comunicaciones
Um dos lugares mais conhecidos de Madrid é o mundialmente famoso, Museu do Prado.
Várias das consideradas melhores pinturas do mundo estão aqui. Além de uma enorme quantidade de obras importantes, estão no museu as obras principais de pintores espanhóis como Goya, Picasso e Velásquez.
Como pretendo viajar por um longo tempo, preciso economizar o máximo que puder e o Museu do Prado todos os dias a partir das 18 horas é gratuito.
Sobram 2 horas para apreciar as obras, o que é pouco para o tamanho do museu do Prado, por isso acabei indo 2 noites e realmente é um museu sensacional.
Teve uma segunda tentativa nossa na balada, mas dessa vez não era gay. Madrid é famosa por sua noite, com várias danceterias top (é uma doença paulistana, falar top, baladinha top, peguei dessa desgraça mas já estou curado).
Algumas são caras e outras nem tanto, só que todas ficavam um pouco longe da onde estávamos.
Fizemos uma pesquisa e vimos uma boa balada, só precisaríamos pegar um metrô até lá.
O fato é que quando chegamos no lugar, perguntando sobre os preços e tal, descobrimos que pediam o passaporte para entrar!
Eu nunca ando com meu passaporte, é muito mais seguro deixar o passaporte trancado no locker do hostel do que ficar andando com ele pelas ruas. E o Estevam faz a mesma coisa.
Daí que ficamos com cara de idiota e voltamos pro bairro gay pra tomar uma breja e comer tapas.
Tapas e brejas é uma das melhores coisas que se pode fazer em Madrid por isso repetimos isso algumas vezes. Por isso repetimos isso algumas vezes. Por isso repetimos isso algumas vezes.
Visitei a Catedral de Santa Maria de La Real de La Almudena que fica em frente ao palácio real e também visitei o palácio das Comunicações, com fotos no mirante e tudo.
Visitei a biblioteca Nacional Espanhola que foi um tanto decepcionante pois queria entrar na área de leitura que é muito bonita, tem obras raras, mas somente quem tem carteirinha pode entrar lá. E só quem mora lá pode ter carteirinha.
Depois de rodar a cidade inteira e conhecer a comunidade gay de Madrid chegou a hora de zarpar pra Barcelona.
Até porque esses gays madrilenhos não deram… quer dizer… não souberam valorizar, o único macho que enfiou…enfiou não! O único cara que entrou…quer dizer…Ah, desisto!
Próxima parada: Barcelona