Inhotim – Cadê as plantas?
Desde que li a entrevista de Bernardo Paz na revista Trip marquei o Inhotim como um lugar a visitar. Minha irmã Vanessa também queria ir então combinamos de irmos juntos. Por sugestão de várias pessoas iríamos 2 dias, e realmente são necessários 2 dias para ver tudo como merece. O terceiro dia ficariamos em Belo Horizonte para uma visitinha rápida só pra conhecer.
Inhotim
Alugamos um carro e fomos direto pro Inhotim. Ao chegar ao Inhotim, deixando o carro no estacionamento e caminhando pelas alamedas até a recepção já se tem uma idéia da grandiosidade do lugar.
É verdadeiramente um lugar diferenciado no Brasil e no mundo, visto a grande quantidade de gringos que vão até Brumadinho para conhecer Inhotim.
Sua singularidade vêm de sua proposta de ser um jardim botânico com instalações de arte contemporânea de qualidade e pela estrutura montada que é exemplar.
Visitar Inhotim é das coisas mais agradáveis que se pode fazer, se aprecia a beleza dos jardins e de repente somos surpreendidos por um prédio ultramoderno em meio a mata.
Em alguns momentos nos sentimos como no seriado Lost.
Essa sensação só não é 100% porque em Lost ninguém falava qui nem os minerim, que come as letrim e tem sotaque muito bunitim.
As alamedas são belíssimas, extremamente bem cuidadas e nada está lá sem um porquê.
Infelizmente não é possível fotografar dentro das galerias pois é dentro delas que tem obras espetaculares, especialmente as galerias da Adriana Varejão, Lygia Pape, Cildo Meireles, Valeska Soares, Mathew Barney e a galeria True Rouge do Tunga em frente ao lago onde uma coisa completa a outra.
Não vou ficar escrevendo muito sobre Inhotim, pois esse lugar é acima de tudo sensorial, é preciso estar lá, visitar as galerias e mesmo quem não gosta de arte vai adorar Inhotim, tenho certeza.
Essa é a galeria Adriana Varejão, com a obra Celecanto provoca maremoto.
Bonita por fora…
…e por dentro.
Do artista Cildo Meireles tem a obra Desvio para o vermelho, dá pra entender porque não?
Pra visita ser realmente completa faltava alguma cretinice, foi quando um tiozinho nos parou quando voltávamos de uma galeria:
Tiozinho: Oi, o que tem lá em cima?
Eu: Uma galeria.
Tiozinho: E o que tem dentro?
Eu: Fotos. É uma galeria de fotos.
Tiozinho: Fotos de planta?
Eu: Não, fotos de pessoas.
Tiozinho: Mas não tem plantas lá dentro?
Eu: Não. São só fotos.
Tiozinho: Mas falaram que aqui tinha plantas…
Eu, apontando pros lados: Mas as plantas estão aí, tem uma plaquinha embaixo de cada uma.
Tiozinho, já indignado: Mas eu vim do Espírito Santo e só vim aqui por causa das plantas. Me falaram que aqui era um museu aberto de plantas e eu não acho essas plantas…
É tio tá difícil de achar planta aqui. Talvez se você plantar algo no lugar onde devia estar o seu cérebro você ache as plantas. Agora que aconteceu uma cretinice sigo para BH.
Belo Horizonte
BH tem fama de ser uma cidade de bares, como eu e a Vanessa somos bêbados profissionais (brincadeira mama! Só eu sou bêbado a Vanessa é uma reles amadora) ficamos em BH pois podíamos ir ao Inhotim e a noite sair pra tomar uma.
O problema é que pra nós BH foi uma decepção nesse sentido. Ficamos na Savassi, um dos points da cidade, mas no sábado quando saímos não encontramos um point, o que tinha eram alguns bares espalhados um do outro e nenhum cheio.
No domingo foi a mesma coisa, ou melhor, tava pior, achamos tão miado que nos animamos mais em assistir o episódio novo do Game of Thrones e foi isso que fizemos, com um certo atraso porque eu me perdi, mas a culpa foi da Vanessa.
Na segunda fomos a praça da Independência, um dos cartões postais da cidade e … outra decepção, deveria ser um baita pólo cultural e arquitetônico, mas tinha 1 prédio realmente interessante, a praça é de cidade do interior e aliás BH parece uma cidade do interior grandona.
Fomos então para a Pampulha. É um parque-bairro muito bonito. De lá se avista o Mineirão, o mineirinho, e uma bela vista do lago.
A igreja da Pampulha estava fechada, mas conseguimos tirar belas fotos do edifício e das pinturas do Portinari. Fora essa parte da Pampulha, achei BH um puta tédio.
Desculpa aí BH mas não rolou. A coisa mais divertida de BH foi essa placa surreal aí de baixo. Comédia!
Próxima parada: Chapada Diamantina!