
Jaisalmer – a cidade dourada do deserto
Jaisalmer a cidade dourada do Rajastão. E também onde se pode dormir debaixo das estrelas no deserto.
Claro que eu não podia perder essa oportunidade de ter o céu como meu cobertor.
Reservei um hostel que já acertava o passeio no deserto e assim ia agilizar a minha vida. Eles até te pegam na estação de trem e o preço é super em conta.
Passei a noite no trem e não tinha dormido direito, cheguei pela manhã e o Abu dono do hostel me arrumou uma cama para dormir mesmo eu não tendo direito pois apenas reservei o passeio.
Depois da soneca almocei e nosso grupo saiu rumo ao deserto. Era um grupo bem heterogêneo.
Tinha europeus, indianos e o brasileiro aqui claro.
Deserto do Thar
O deserto que íamos explorar era o de Thar já próximo a fronteira com o Paquistão.
Depois de pegar estrada paramos no meio do nada para aguardar nossos guias e camelos. Sim eu ia andar de camelo. Confesso que não estava muito animado com isso primeiro porque tenho dó dos animais e segundo que não confio neles.

Geralmente esses bichos são temperamentais e com motivo afinal quem gostaria de acordar de manhã com uma guia enfiada no nariz e botar um turista em cima da sua corcova?
Enfim os caras chegaram, nos fizeram uns turbantes e nos sentimos os próprios marajás.

E não é que tinha um camelo meio rebelde? E era o meu! Queria morder o cara da frente! Eu tava com medo dele me dar uma cuspida tipo o camelo do Conan.
Depois de umas 2 horas chegamos no “acampamento”. Eu achei que ia ter umas tendas, chai, dançarinas, daí que me toquei que tava na Índia. Tudo isso que falei é com os árabes. Ou com um passeio mais caro.

O acampamento era só o lugar. Não tinha nada, nem banheiro. Bem roots mesmo, no estilo dos indianos do deserto.Só não dava para reclamar da paisagem pois era incrível. Com certeza um dos mais belos pôr do sol que vi na minha vida.
Conversei muito com os indianos lá. Ficam muito curiosos com o Brasil, não vão muitos brasileiros pra lá principalmente para uma noite roots no deserto.
Eram de várias partes da Índia. Chennai, Mumbai e outros do Rajastão. É sempre muito bom uma conversa com os locais ainda mais num país tão grande e diferente de tudo como a Índia.

Daí chegou a janta que os guias fizeram. O chapati fizeram ali no deserto mesmo. Era um talhi simples mas saboroso como sempre.
Talher nenhum. Copo nenhum. Coca de 2 litros para beber na boca e compartilhar? Tô fora!

Conforme a noite avança o frio aumenta, os guias trazem lenha para fogueira. Num deserto andaram um bom pedaço para encontrar um pouco de lenha. E era pouco mesmo não deu para a noite inteira e apesar dos cobertores e edredons bem grossos que deram pra gente não foi uma noite das mais agradáveis. Mas foi uma experiência única dormir literalmente somente sob as estrelas no deserto.
Dia seguinte acordamos cedinho, vimos o nascer do sol e voltamos para Jaisalmer.
Aproveitei que chegamos cedo e fui conhecer um pouco da cidade e de seu lindo forte.

Forte de Jaisalmer
Como acontece nas principais cidades do Rajastão Jaisalmer tem um forte. Um forte dourado como as areias do deserto.
Assim como em Jodhpur o forte de Jailsamer é muito grande. Com a diferença é que ele é parte da cidade. As pessoas moram dentro do forte ainda hoje.

Assim como toda a cidade o forte está integrado no deserto, parece camuflado em seu dourado em meio a areia.

Dentro dele uma típica cidade indiana com muita gente, vendedores de todo tipo, vacas, templos e o palácio do antigo rei.

Espalhados pelos cantos tem vários mirantes daonde se pode avistar toda a cidade dourada.


Após perambular pelo forte e uma passagem rápida pela cidade ainda voltei ao hostel, tomei um banho e peguei estrada pois o giro no Rajastão não pode parar.


